Silêncio sobre investigação de “rachadinha”

Quase metade dos eleitores indecisos revela a apatia pela eleição para vereador. A desconfiança nos candidatos só piora o cenário político -
A Câmara Municipal do Recife permanece calada sobre escândalo de ‘rachadinha. Enquanto caso segue sob investigação do Draco - Reprodução

A Câmara Municipal do Recife mantém-se em silêncio sobre a investigação conduzida pela Polícia Civil de Pernambuco, que apura um suposto esquema de “rachadinha” no gabinete da vereadora Elaine Cristina (PSOL). A prática, conhecida por envolver a apropriação de parte dos salários de assessores por políticos, foi revelada na última sexta-feira (1) pelo site Marco Zero e está sob a responsabilidade do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco).

Elaine Cristina, que assumiu seu mandato em 2023, recebe um salário mensal de R$ 19 mil, além de um cartão alimentação no valor de R$ 1.785. A investigação aponta que o suposto esquema de desvio de parte do salário de funcionários estaria sendo operado desde o ano passado, supostamente com a participação da própria parlamentar e da chefe de gabinete Girlana Diniz. Provas apresentadas incluem prints de conversas no WhatsApp e áudios comprometedores.

Em resposta à divulgação das denúncias, o PSOL anunciou a abertura de um processo no comitê de ética para analisar o caso. A vereadora, por sua vez, alegou ser alvo de “ataques violentos” e classificou as acusações como tentativas de desqualificar sua atuação política. Elaine Cristina não conseguiu se reeleger nas eleições de 2024, obtendo apenas 957 votos, um terço de sua votação de quatro anos atrás.

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