O ex-candidato à Prefeitura do Recife Gilson Machado (PL) negou, em entrevista ao blog Podacochar, o crescimento político do prefeito João Campos (PSB) nas eleições de 2024. Contrariando a avaliação dos aliados do socialista, Machado minimizou os resultados do prefeito fora da capital pernambucana. “Onde ele ampliou a base? Em Jaboatão ele não ampliou, em Olinda e Paulista o segundo turno ainda não acabou, e em Caruaru ele perdeu”, criticou.
Gilson, que ficou em segundo lugar na disputa pelo Recife, com 130 mil votos, destacou que a verdadeira vencedora do pleito foi a governadora Raquel Lyra (PSDB), e apontou que a oposição está forte para as eleições gerais de 2026. Ele citou como evidência o número de vereadores conservadores eleitos no estado e o fraco desempenho do PT: “O PT foi uma tragédia”, afirmou. Machado acredita que a direita está consolidada, apesar de seus próprios desafios: “A direita segue viva e pulsante”.
Ao abordar a disputa para o Senado em 2026, o ex-ministro do Turismo assegurou que Jair Bolsonaro será o responsável por definir o candidato da direita em Pernambuco. “Quem Bolsonaro indicar será o senador. Não tenho dúvidas de que, com um candidato bem alinhado, seremos vitoriosos”, disse, destacando que o cenário favorável se repetirá em vários estados.
Machado também celebrou o sucesso conservador nas eleições municipais de outras capitais do Nordeste. “Em Fortaleza, vamos eleger André Fernandes (que disparou nas intenções de votos); em João Pessoa, Marcelo Queiroga (segundo colocado); em Maceió, fizemos JHC; em Salvador, o prefeito eleito Bruno Reis é conservador; e em Teresina, também”, pontuou.
No Recife, Gilson afirmou que, mesmo sem recursos, ele se destacou na eleição, reforçando seu compromisso com o bolsonarismo: “Eu fui o segundo colocado, sem recursos, você pode ver no meu CNPJ que não entrou um centavo, nem no do meu filho. Agora sabemos quem são os verdadeiros aliados”, disse.
Sobre o papel da oposição na Câmara Municipal, onde seu filho Gilson Filho foi eleito vereador, ele prometeu uma postura técnica e combativa, citando como exemplo o escândalo das creches que denunciou durante a campanha. “A oposição será lúcida, com dados. Temos o Eduardo Moura, que também é combativo, e vamos mostrar as falhas da gestão”, concluiu.