Mesmo após ser eliminado no jogo eleitoral, o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PT), permanece em cima do palanque, inconformado com a derrota. Ele atribui a vitória de seu oponente, o atual prefeito Mano Medeiros, ao “uso da máquina pública” e a “alianças obscuras”, classificando a disputa eleitoral de 2024 como um “grande vale-tudo pelo poder”.
Uma semana após o primeiro turno, Elias criticou o que considera abuso da fé alheia durante a campanha, prometendo acionar o Ministério Público (MPE) para uma investigação rigorosa, argumentando que tal prática fere a ética do estado laico e desrespeita a Constituição Federal. Ele também contestou a divulgação de pesquisas encomendadas, apontando indícios de fraude e favorecimento, que, segundo ele, foram utilizadas para “confundir o eleitor”.
“Houve um episódio em que o então candidato à reeleição, Mano Medeiros (PL), antecipou o resultado de um relatório, demonstrando conhecimento prévio dos dados”, afirmou Elias. Ele acrescentou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve adotar medidas para impedir a propaganda antecipada nas pesquisas. Ainda sem aceitar o resultado das urnas, Elias se referiu à eleição como a pior de todas, denunciando clãs e grupos políticos que, segundo ele, usaram a tática do fascismo ao repetir inverdades com publicidade em horário nobre, apresentando à população uma “cidade que não existe” com o uso de dinheiro público.
No campo das alianças, Elias, que liderou a maior frente partidária da história de Jaboatão, destacou o esforço para unir forças da esquerda, do centro e de uma parte da direita, sempre colocando os interesses da população acima de promessas de lotear a prefeitura. Ele enfatizou que a cidade enfrenta um grave retrocesso nas políticas públicas, com a saúde em crise, a educação deteriorando, a limpeza urbana em abandono e sérios problemas na infraestrutura e na segurança pública.
Elias concluiu que é hora de unir a oposição progressista e democrática para definir estratégias e fiscalizar rigorosamente a aplicação do erário, promovendo políticas públicas essenciais ao desenvolvimento socioeconômico do município. “À oposição sem dono e sem empáfia, está dada a tarefa: resistir”, finalizou.