João Campos (PSB) entrou grande na disputa pela reeleição à Prefeitura do Recife e, ao que tudo indica, sairá ainda maior. Sem encontrar uma oposição à altura, o atual prefeito segue como o grande favorito, fortalecido e amplamente apoiado pelos recifenses. Enquanto isso, a oposição parece cada vez mais atrapalhada, desorganizada e fragilizada.
Daniel Coelho (PSD), candidato apoiado pela governadora Raquel Lyra (PSDB), não conseguiu se consolidar como uma verdadeira alternativa. Conhecido por aparecer somente em período eleitoral, Coelho não construiu uma narrativa consistente que desafie João Campos. Sua presença nos debates tem sido sem impacto, reforçando a percepção de que ele não faz barulho entre uma eleição e outra.
Outro nome da oposição, Gilson Machado (PL), que despontou na eleição anterior graças ao auge do bolsonarismo, não conseguiu manter o mesmo fôlego. Sem a popularidade de Jair Bolsonaro em alta, Machado parece incapaz de conquistar novamente o eleitorado recifense, não caindo nas graças do povo.
Já Dani Portela, candidata do PSOL, segue com um discurso que não decola. Suas críticas, muitas vezes focadas em questões estaduais e no governo de Raquel Lyra, acabam desviando do real foco: a administração municipal de João Campos. Presa a um discurso repetitivo e cuidadosa ao criticar o prefeito, Portela não se firmou como uma oposição efetiva, dando a impressão de que a disputa está sendo travada com a governadora, e não com o prefeito.
Diante de uma oposição desarticulada, João Campos segue sem grandes desafios. No primeiro debate em que participou, ficou claro que seus adversários não têm argumentos que o abalem. Com a população ao seu lado e sem concorrência forte, sua reeleição está garantida. A ausência de resistências, contudo, entrega a Campos a liberdade de conduzir sua administração conforme seus próprios interesses, reforçando sua posição política e o controle sobre o futuro da cidade.