A cadeirada de Datena em Pablo Marçal não surtiu efeito na eleição municipal de São Paulo, pelo menos segundo a última pesquisa da Quest, que manteve o cenário anterior. Da mesma forma, as críticas da oposição em João Campos parecem incapazes de alterar os rumos da disputa no Recife.
Com 77% das intenções de voto, o prefeito recifense pode praticamente encomendar o terno da posse. A eleição na capital pernambucana segue previsível e, sem fortes críticas, o caminho de Campos rumo à reeleição se mantém assegurado. Além de ser o candidato mais popular, ele domina o tempo de propaganda eleitoral. Com o silêncio de Gilson Machado no rádio e na TV, após perder 293 inserções e 38 minutos de tempo de guia para João Campos, a campanha virou um monólogo.
O tema da “máfia das creches”, que Machado vinha explorando como única capaz de ganhar atenção e prejudicar Campos, saiu de cena. Agora, o “passinho” de Campos, marcado pelo número 40, ecoa pelos quatro cantos do Recife, embalando a campanha do prefeito e de seus aliados em todo o estado. Sem grandes ameaças ou disputas à vista, a reeleição parece cada vez mais uma formalidade.