No primeiro debate entre os candidatos à prefeitura de Olinda o palco foi dominado por críticas ferozes, onde Mirella Almeida (PSD) – indicada pelo atual prefeito Professor Lupércio para sucessão, foi o principal alvo. Os adversários a responsabilizaram pelos problemas da cidade, destacando seu papel como secretária em diversas pastas da administração.
O intrigante, porém, é que dois dos opositores mais contundentes também fizeram parte da gestão Lupércio: Márcio Botelho (PP) e Izabel Urquiza (PL). Ambos, mesmo rompidos com o prefeito, tentaram se descolar do governo do qual foram peças importantes. Botelho, que ocupou o cargo de vice-prefeito por mais de 7 anos até romper com Lupércio em 2023, foi lembrado por Mirella por ainda receber salário da prefeitura, o que expôs sua posição embaraçosa. Já Urquiza, ex-assessora especial de Desenvolvimento Econômico, também participou ativamente da gestão, tornando suas críticas uma contradição.
Enquanto os três ex-aliados se digladiavam, Antônio Campos (PRTB) aproveitou para se diferenciar como o único candidato sem vínculos com a administração de Lupércio. Em cada oportunidade, Campos não hesitou em apontar as falhas da gestão e reforçar que, ao contrário dos demais, nunca fez parte do que considera um “desastre administrativo”.
