A campanha na maior cidade do país está em queda livre, marcada pelo que há de pior em termos de baixaria. O debate político foi contaminado pelo deboche, pelas ofensas, pela pancadaria e até por ameaças. Os candidatos perderam o prumo, e não há sinais de melhora. Pelo contrário, a tendência é de piora.
Na noite de ontem, testemunhamos o que pode ter sido o pior debate já exibido na televisão brasileira. A TV Gazeta e o canal My News transmitiram um evento onde propostas foram substituídas por ataques ainda mais baixos do que nos debates anteriores. Pablo Marçal provocou, e seus rivais morderam a isca. O resultado? Um espetáculo deprimente que se estendeu até o final, com uma pancadaria verbal sem limites.
Enquanto Marçal lançava apelidos e provocações, seus adversários, em vez de ignorá-lo ou redirecionar a discussão para temas relevantes, se limitaram a chamá-lo de bandido, criminoso e aliado do PCC. O debate se reduziu a um circo, projetado apenas para arrancar risadas da plateia.
Pablo Marçal dominou as discussões até o fim, e, apesar de adotar uma estratégia de deboche — evitando perguntas, esquivando-se de apresentar projetos e focando em provocações — conseguiu atrair a atenção de todos os adversários para si. A artilharia de Guilherme Boulos, Luiz Datena, Ricardo Nunes e Tabata Amaral se votou exclusivamente para ele, o que ele Marçal mais queria. Agora, são todos contra um.
Um comentário em “Todos contra Marçal e caindo na armadilha”
O verdadeiro pão e circo