A campanha eleitoral no Recife ganhou um novo capítulo com o início da propaganda eleitoral gratuita nas rádios e na televisão. Logo pela manhã, os candidatos começaram a expor suas propostas e críticas, preparando o terreno para uma disputa acirrada que se estenderá até outubro. Às 13h, a batalha se transfere para a tela da TV, onde o prefeito e candidato à reeleição, João Campos (PSB), enfrentará um grande desafio.
Com 4 minutos e 45 segundos de tempo no guia, Campos apresentará as ações de sua gestão na tentativa de consolidar os avanços que afirma ter trazido para a capital pernambucana. Em contrapartida, os candidatos de oposição, que juntos somam praticamente o mesmo tempo de guia, prometem concentrar seus ataques nas mazelas que persistem na maior cidade do estado.
Embora João Campos conte com uma aprovação de 80% entre os eleitores, a verdadeira prova de fogo está por vir. Recife, como tantas outras grandes metrópoles brasileiras, enfrenta problemas crônicos que há décadas afligem seus moradores. A infraestrutura precária e as condições de moradia nas periferias figuram entre os maiores desafios, mas a segurança pública também é fonte de constante insatisfação. A capital aparece como a segunda pior no Mapa da Desigualdade entre as Capitais do Brasil, um dado que não passará despercebido pelos opositores.
O guia eleitoral, portanto, se desenrola em um cenário polarizado. De um lado, um gestor jovem e carismático tenta renovar promessas e mostrar uma cidade que, segundo ele, está em constante evolução. Do outro, rivais insistem que o Recife exibido por João Campos não passa de uma maquiagem que esconde problemas profundos e enraizados.
À medida que a campanha se intensifica, o guia eleitoral se tornará uma arena onde se decidirá se a alta aprovação do atual prefeito será suficiente para garantir sua reeleição no primeiro turno, ou se as críticas de seus adversários conseguirão abalar o conforto que os números sugerem. A resposta, como tudo na política, virá com o tempo.