A campanha eleitoral de 2024, que Jair Bolsonaro esperava usar para reafirmar sua liderança política mesmo após a derrota em 2022 e a inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tornou-se um pesadelo. Em Pernambuco, o cenário é humilhante para o ex-presidente, com seu candidato, Gilson Machado, apresentando um desempenho bem abaixo das expectativas.
Com apenas 6% das intenções de voto, Gilson Machado, ex-ministro do Turismo e um dos principais aliados de Bolsonaro no Nordeste, não conseguiu decolar na disputa. Apesar de seus esforços para ganhar visibilidade e conquistar a confiança dos eleitores, sua campanha permanece morna, sem grandes perspectivas de crescimento.
A situação em Pernambuco é uma pequena demonstração do que acontece em várias outras partes do país, especialmente em São Paulo, onde Pablo Marçal, que disputa a prefeitura da capital, tem ganhado protagonismo entre os eleitores conservadores, ameaçando o domínio de Bolsonaro na direita. No Rio de Janeiro, onde o ex-presidente construiu sua carreira política, a possibilidade de um segundo turno entre seu candidato Alexandre Ramagem e Eduardo Paes parece cada vez mais distante.
Essas possíveis derrotas podem representar um golpe duro em seus planos. Por isso, já tem começado a adotar outras posturas. Em São Paulo, diante da ascensão de Marçal e do desempenho aquém do esperado de Ricardo Nunes, o ex-presidente começa a pensar em outros planos, incluindo a abertura do diálogo com o concorrente dentro da própria direita.