Como Tabata caiu enquanto Marçal disparou?

Estratégia da candidata do PSB a fez perder força, enquanto Pablo Marçal, do PRTB, soube capitalizar a atenção e disparar na pesquisa - Reprodução
Estratégia da candidata do PSB a fez perder força, enquanto Pablo Marçal, do PRTB, soube capitalizar a atenção e disparar na pesquisa - Reprodução

A trajetória de Tabata Amaral na corrida pela Prefeitura de São Paulo está sendo marcada por uma surpreendente virada de rumo. Conhecida por seu domínio das redes sociais e sua presença expressiva no cenário político, a candidata do PSB sofreu uma queda brusca nessa última pesquisa, enquanto seu rival Pablo Marçal, do PRTB, disparou para a liderança.

O mais recente levantamento do Instituto Veritá revela que Marçal, um candidato polêmico, agora lidera com 36,3% das intenções de voto, superando Guilherme Boulos (PSOL) com 25,4%. Ricardo Nunes (MDB), o atual prefeito, pontuou 16,7%, e Tabata, que tem atacado Marçal de forma contundente, viu seu apoio despencar para 6,9%.

A pergunta que fica é: o que causou essa reviravolta? Tabata começou a campanha com uma posição forte e uma estratégia voltada para as redes sociais, um espaço em que sempre brilhou. No entanto, sua decisão de focar intensamente em ataques a Marçal, especialmente em temas controversos como suas supostas ligações com o PCC, pode ter sido um tiro no pé. Em vez de consolidar seu apoio, esses ataques parecem ter reforçado a imagem de Marçal como uma figura que desafia o status quo, o que ressoou positivamente com parte do eleitorado.

Por outro lado, Marçal soube capitalizar a atenção que recebeu. Com uma estratégia de marketing pessoal agressiva e eficaz, ele se posicionou como um outsider capaz de trazer uma nova perspectiva à gestão de São Paulo, algo que muitos eleitores estão buscando. Sua habilidade em se manter no centro das atenções, mesmo em meio a polêmicas, pode ser vista como um exemplo de como virar o jogo em uma campanha eleitoral.

Tabata, antes vista como uma boa aposta nessa eleição, agora enfrenta o desafio de reverter essa queda e reconquistar o eleitorado. Para isso, precisará ajustar sua estratégia, talvez voltando a destacar suas propostas e diferenciais, em vez de continuar a centrar fogo em seu grande adversário. A candidata terá capacidade de se reinventar e reagir a esse cenário ou será engolida e apagada na corrida pela Prefeitura de São Paulo?

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