O “vírus” que assombra Bolsonaro e oposição

Pablo Marçal segue desafiando o clã Bolsonaro, conservadores de direita e oposição com táticas polêmicas e uma legião de seguidores - Reprodução
Pablo Marçal segue desafiando o clã Bolsonaro, conservadores de direita e oposição com táticas polêmicas e uma legião de seguidores - Reprodução

O candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, tem ‘causado’ entre antigos aliados e adversários políticos. Uma figura que antes era subestimada, Marçal agora se tornou um incômodo constante, especialmente para o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, que demonstram raiva e medo diante do avanço de seu projeto político. Com uma habilidade crescente para jogar o jogo da extrema-direita, Marçal tem feito gols com os mesmos métodos que os conservadores utilizam.

O fenômeno Marçal é semelhante a um vírus sem vacina. Sua estratégia de comunicação e mobilização, amplamente difundida nas redes sociais, tem se mostrado eficaz em angariar uma legião de seguidores. Seu conteúdo polêmico espalha-se rapidamente, atingindo um público que vai além dos limites de São Paulo, alcançando todo o país. Nos últimos dias, Marçal enfrentou um revés: suas redes sociais foram retiradas do ar, em uma manobra à qual considerou uma tentativa de silenciar sua crescente influência. Mas o candidato reagiu rapidamente, contratando o advogado João Neto, conhecido por sua atuação no campo criminal e por suas polêmicas orientações legais nas redes sociais.

Neto, que tem mais de 1,8 milhão de seguidores no Instagram, é famoso por dar dicas sobre como evitar condenações em casos criminais, chegando a incluir homicídios em suas discussões. Neto já sugeriu que Marçal crie contas reservas para contornar a decisão judicial que suspendeu suas redes sociais. Além disso, ele foi visto ao fundo de uma live do candidato, discutindo abertamente táticas para driblar as decisões da justiça.

Em um vídeo, o criminalista deixou claro seu comprometimento com a causa de Marçal. “Agora, sua briga vai ser minha”.  “Nós vamos dar no coco e no relógio deles”, em referência a uma possível retaliação contra aqueles que tentam barrar a ascensão do seu cliente. Pablo Marçal continua a desafiar bolsonaristas e oposição. Resta saber até onde esse “vírus” poderá se espalhar e quais serão as consequências para o já tumultuado campo político da capital paulista.

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