O encanto imbatível do prefeito João Campos

João Vampos parece imune às críticas e mantém sua posição de destaque. Adversários enfrentam desafio quase insuperável - Rodolfo Loepert/PCR
João Campos parece imune às críticas e mantém sua posição de destaque. Adversários enfrentam desafio quase insuperável - Rodolfo Loepert/PCR

Recife não se importa se metade da população vive sem saneamento básico, com esgoto correndo a céu aberto diante das casas nas periferias. A cidade parece anestesiada, indiferente aos rios que se formam nas ruas a cada período de chuva, ou ao trânsito que colapsa sem aviso. O prefeito João Campos (PSB) caiu nas graças do povo, e nada parece abalar sua popularidade. Ele é o “meu prefeito”, o jovem bonito que atrai simpatia, que sabe fazer o “passinho” e até “nevar”, como se isso bastasse para resolver os problemas de uma capital que despenca no Mapa da Desigualdade.

A idolatria cega pelo “meu prefeito” transformou João Campos em uma celebridade local. Nas redes sociais, no boca a boca, ele é o herdeiro de um legado político poderoso, alguém que dança conforme a música popular. E não adianta adversários falarem, campanhas baterem e o guia eleitoral mostrar: serão sistematicamente ignorados.

Recife pode não ser a melhor capital do Brasil, mas é governada por alguém que tem gingado, que sabe conquistar, que tem popularidade. João Campos é um craque, e isso ninguém pode negar. O menino soube cair na boca do povo. Mesmo que os adversários tentem, exponham falhas, denunciem o abandono do centro histórico, a falta de segurança ou as dificuldades nas periferias, nada parece suficiente para romper o encanto que envolve João Campos.

Para mudar o rumo dessa eleição, só uma catástrofe de grandes proporções. E os adversários sabem disso, mesmo que não possam admitir, pois reconhecer essa realidade seria como entregar o jogo, enfraquecendo ainda mais a já combalida oposição. João Campos segue sendo um prefeito imbatível, e qualquer tentativa de enfrentá-lo se mostra, até agora, em vão. A força de sua popularidade deixa claro que, para seus concorrentes, o desafio não é apenas político, mas quase sobre-humano.

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