Em Caruaru, o candidato a prefeito Zé Queiroz (PDT) tem adotado uma postura cuidadosa e calculada. Apesar de ter recebido o apoio de João Campos (PSB), prefeito do Recife, Queiroz tem preferido focar no presente e evitar compromissos futuros, mantendo sua estratégia voltada para a construção de alianças que possam garantir a vitória neste pleito.
Adversário direto do atual prefeito e candidato à reeleição, Rodrigo Pinheiro (PSDB), Zé Queiroz tem enfrentado uma disputa acirrada em que a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), desempenha um papel relevante como a principal cabo eleitoral de Pinheiro. Mesmo assim, Queiroz tem sido cauteloso em suas declarações sobre a governadora, evitando críticas contundentes e destacando a necessidade de manter um bom relacionamento com o governo estadual, caso seja eleito.
Em entrevistas recentes, Zé Queiroz vem ressaltando a importância de governar Caruaru com o apoio tanto do governo federal, liderado pelo presidente Lula, quanto do governo estadual, com Raquel Lyra na condução. Nesta terça-feira (20), ao ser questionado sobre um possível acordo com João Campos visando as eleições de 2026, em troca do apoio recebido neste ano, Queiroz foi enfático ao afirmar que não há compromissos firmados para o futuro.
“Um compromisso firmado não houve, acho que temos que viver uma linha de coerência. É muito cedo para se discutir 2026”, disse o candidato, reforçando sua posição de foco nas eleições municipais. Queiroz também minimizou os efeitos da escolha de Tonynho Rodrigues para compor sua chapa. “Não foi um derrota para a governadora”. Tonynho, filho de Tony Gel, ex-aliado da governadora, representa uma dissidência dentro da base governista.
O candidato segue, assim, navegando com habilidade pelas complexas águas políticas de Caruaru, equilibrando apoios estratégicos e evitando confrontos diretos que possam comprometer seu objetivo principal: reconquistar a prefeitura da cidade que já governou por quatro mandatos.
