Mulheres: busca de equidade na política de PE

Na última eleição municipal, as candidaturas femininas representaram 32,6% das candidaturas a vereadoras e prefeitas do estado - Reprodução
Na última eleição municipal, as mulheres representaram 32,6% das candidaturas a vereadoras e prefeitas do estado pernambucano - Reprodução

Pernambuco tem 3.818.448 eleitoras aptas a votar nas eleições deste ano, representando 53,38% do total de votantes, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Embora sejam a maioria, a representação feminina na política pernambucana ainda é insuficiente. Até o momento, a Justiça Eleitoral registrou 393 candidaturas a prefeitos e prefeitas no estado, mas até o dia 16 o processo estará aberto.

No Recife, das sete candidaturas registradas até o momento, três são femininas: Dani Portela (PSOL), Ludmila Medeiros (UP) e Simone Fantana (PSTU). Em Jaboatão dos Guararapes, apenas Clarissa Tércio (Progressistas) está registrada até agora. Em Olinda, Izabel Urquiza (PL) e Mirella Almeida (PSD) constam na lista. No Agreste, a cidade de Caruaru tem Maria Santos (UP) e Michele Santos (federação Rede/PSOL) registradas.

Apesar de um crescimento gradual, nas últimas eleições municipais apenas 35 mulheres foram eleitas prefeitas em Pernambuco. A Zona da Mata teve a maior concentração, com 13 prefeitas, seguida pelo Agreste com 11 e o Sertão com 8. A Região Metropolitana de Recife elegeu apenas três prefeitas. Este número ainda é baixo considerando o total das 184 prefeituras do estado. Na eleição 2020, as mulheres representaram 32,6% das candidaturas a vereadoras e prefeitas, equivalente a 6.868 postulantes. Em 2016, eram 31,4%, representadas por 5.992 mulheres. Embora haja progresso, o ideal de paridade ainda está distante.

A sub-representação feminina revela barreiras culturais e estruturais que dificultam o acesso das mulheres a cargos de liderança. Essa disparidade limita a diversidade de perspectivas nas decisões políticas e perpetua a desigualdade de gênero. A presença das mulheres na política não é apenas uma questão de justiça, mas também de qualidade democrática, refletindo a pluralidade da sociedade e promovendo políticas públicas mais abrangentes.

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