Críticas a Gilson após contratempos em PE

Desorganização e privilégios na passagem de Bolsonaro por Pernambuco geram insatisfação e abalam campanha de Gilson Machado - Reprodução
Desorganização e privilégios na passagem de Bolsonaro por Pernambuco geram insatisfação e abalam campanha de Gilson Machado - Reprodução

A visita do ex-presidente Jair Bolsonaro a Pernambuco, na semana passada gerou uma onda de insatisfação entre seus aliados. Diversos relatos de problemas na organização dos eventos foram levantados, culminando em críticas diretas a Gilson Machado, ex-ministro do Turismo e responsável pela coordenação das atividades no estado.

Um dos incidentes mais comentados envolveu o influenciador bolsonarista André Almeida, mais conhecido como Gota Serena. Ele afirmou ter sido expulso do restaurante Sal e Brasa por seguranças ao tentar participar de um jantar com Bolsonaro em Recife, evento pelo qual alegou ter pago. Embora o episódio tenha ganhado destaque nas redes sociais, ele é apenas uma das várias queixas sobre a condução da agenda de Bolsonaro em Pernambuco.

Aliados próximos ao ex-presidente apontam nos bastidores que atitudes similares ocorreram ao longo de toda a visita, causando desconforto inclusive entre vereadores da chapa bolsonarista. O descontentamento foi direcionado a Gilson Machado, acusado de privilegiar seu filho, que também disputa uma vaga na Câmara Municipal do Recife, em detrimento de parlamentares recifenses de mandato.

A avaliação é que Machado tem se mostrado um articulador ineficaz na capital pernambucana. A agenda de Bolsonaro, que deveria ser um momento de mobilização e fortalecimento, não atraiu a adesão esperada e ainda enfrentou reveses judiciais, deixando o ex-presidente visivelmente chateado.

A presença de Bolsonaro em Pernambuco teve como objetivo resgatar a imagem do Partido Liberal (PL) após uma convenção no Recife marcada por problemas organizacionais e baixa participação popular. O evento de Gilson Machado, que deveria galvanizar o apoio local, acabou expondo falhas na articulação política e logística da campanha.

Gota Serena, com sua vasta audiência nas redes sociais, trouxe ainda mais atenção para os problemas ao compartilhar sua experiência no restaurante. Esse episódio ilustra a tensão crescente dentro do grupo bolsonarista pernambucano e levanta questões sobre a eficácia da liderança de Machado na coordenação dos eventos e na gestão das relações internas.

A falta de coesão e os conflitos internos podem minar os esforços de mobilização e apoio popular, exigindo uma reavaliação urgente das estratégias e uma melhoria na coordenação entre os líderes locais para evitar novos problemas.

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