Se preparem, pernambucanos. Em cinco anos, o estado promete estar com o saneamento universalizado, com esgoto tratado e água distribuída para todas as regiões. Esse é o compromisso assumido pela governadora Raquel Lyra ao anunciar um empréstimo bilionário de R$ 1,1 bilhão contraído junto ao Banco Multilateral de Desenvolvimento (NDB), também conhecido como Banco dos BRICS.
Esse financiamento internacional visa alcançar as metas de universalização dos serviços de saneamento em Pernambuco. Trata-se do maior contrato já firmado pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), nesses seus 53 anos de existência, gerando expectativas sobre a resolução de problemas históricos no estado, como o rodízio de água e a falta de infraestrutura básica em várias localidades.
A Compesa terá a missão de transformar esses recursos em obras concretas: sistemas de esgoto eficientes, adutoras funcionais e uma rede de distribuição de água capaz de atender todas as populações pernambucanas. Se essas promessas serão efetivamente cumpridas, só saberemos daqui a cinco anos. No momento, o que temos é a esperança de um futuro melhor e mais saudável para todos.
Contudo, essa promessa vem acompanhada de um ceticismo justificável. Os pernambucanos têm motivos para duvidar, dado o histórico de promessas não cumpridas em outras áreas críticas. Vale lembrar que há exatamente um ano a governadora Raquel Lyra contratava outro empréstimo bilionário, dessa vez, à Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 1,7 bilhão. Esse dinheiro se somou a outro empréstimo, de R$ 900 milhões, também obtido pelo estado.
Com tanto dinheiro no caixa, era de se esperar que áreas essenciais já tivessem passando por grandes mudanças. Mas a saúde está na UTI e a segurança pública caminha para o falecimento. Essa experiência passada nos lembra que grandes promessas nem sempre se traduzem em resultados tangíveis. Vamos aguardar os benefícios prometidos e manter os olhos vigilantes sobre a execução desses projetos. É o que nos resta!