Antônio Campos detona adversários em Olinda

Pré-candidato do PRTB, Antônio Campos disparou artilharia para todos os lados, sobrando até para o primo João Campos, prefeito do Recife - Reprodução
Pré-candidato do PRTB, Antônio Campos disparou artilharia para todos os lados, sobrando até para o primo João Campos, prefeito do Recife - Reprodução

A corrida pela prefeitura de Olinda esquentou após o lançamento da chapa PT/PCdoB no último fim de semana. A coligação, conhecida como Brasil da Esperança e liderada por Vinícius Castello (PT), enfrenta um ambiente eleitoral tenso, marcado por acusações e críticas intensas. A principal controvérsia envolve a aliança com um vice do PCdoB, mas com raízes bolsonaristas, o que tem gerado debates acalorados sobre a incoerência política da chapa.

Antônio Campos, pré-candidato do PRTB, foi um dos primeiros a destacar essa contradição, expondo, em entrevista ao jornalista Pedro Tinoco, as conexões do vice Celso Muniz com o bolsonarismo e seu posicionamento ultraconservador. Antônio Campos tem adotado uma estratégia clara: desgastar a imagem da chapa PT/PCdoB, intensificando a polarização e questionando a autenticidade das alianças políticas formadas. Além das críticas à chapa adversária, ele não poupou nem seu próprio sobrinho, João Campos, prefeito do Recife. Em suas declarações, referiu-se ao prefeito como “menino do Recife”, numa tentativa de minimizar sua importância e influência política.

Outro alvo do advogado foi Izabel Urquisa, do PL. Ele a descreveu como uma “falsa bolsonarista” e acusou-a de esconder o sobrenome da família devido ao desgaste político associado à gestão de sua mãe, que ele qualificou como “atrasada” e “caótica”. Mirella Almeida, do PSD, também não escapou das críticas. O pré-candidato a rotulou como um “produto de marketing” criado pela administração do atual prefeito Lupércio, comparando-a a uma “Marajá de Olinda”. Essa crítica visa deslegitimar a candidatura de Almeida, ressaltando o papel da atual administração na sua promoção política.

Nem o deputado federal Renildo Calheiros, a quem Antônio Campos chamou de “Senhor das Sombras”, foi poupado. Embora Calheiros não esteja diretamente na disputa, o pré-candidato o acusou de influenciar a política local ao indicar o empresário Muniz como vice na chapa de Olinda. Essas declarações sugerem que, mesmo sem muitos holofotes, o advogado quer causar e enfraquecer seus adversários através de ataques e questionamentos sobre alianças e coerência política.

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