Pernambuco: mais um fim de semana sangrento

Fim de semana foi marcado por 35 homicídios. A violência cresce, revelando a ineficácia do governo Raquel em garantir segurança pública - Reprodução
Fim de semana foi marcado por 35 homicídios. A violência cresce, revelando a ineficácia do governo Raquel em garantir segurança pública - Divulgação

O último fim de semana em Pernambuco foi marcado por uma onda de violência que resultou em 35 crimes de violência letal intencional. Com esses novos casos, o número total de homicídios registrados no estado desde janeiro chegou a 2.101. Julho destaca-se como o mês mais violento do ano até agora, com 268 assassinatos, revelando uma brutalidade crescente.

Entre os crimes registrados, três mulheres foram vítimas de feminicídio nas cidades de Petrolina, Araripina e Jaboatão dos Guararapes, ressaltando a gravidade da violência de gênero. Esses dados trazem à tona a ineficácia do programa “Juntos pela Segurança”, lançado pelo governo estadual com o objetivo de reduzir a criminalidade.

Apesar dos esforços do governo em divulgar medidas pontuais e investimentos na segurança pública, os números mostram uma realidade contrária. A sensação de insegurança entre os pernambucanos só aumenta, enquanto os homicídios continuam a ocorrer em ritmo alarmante. O programa parece falhar em abordar as raízes da violência e em implementar ações efetivas e duradouras.

A insatisfação também é evidente entre os profissionais de segurança pública. Os policiais civis, que enfrentam condições de trabalho precárias e salários defasados, prometem novas manifestações para cobrar ações urgentes do governo estadual. Nesta quarta-feira, eles planejam uma passeata pelas ruas da capital para reivindicar melhores condições de trabalho e expor a inércia governamental. Na semana passada, um protesto simbólico na praia de Boa Viagem, com cruzes fincadas na areia, chamou a atenção para as vítimas da violência desenfreada e para a urgência de respostas efetivas.

A situação em Pernambuco exige uma reavaliação profunda das políticas de segurança pública. Os investimentos anunciados até agora parecem insuficientes ou mal empregados. A administração estadual precisa demonstrar uma abordagem mais robusta e coerente para enfrentar a criminalidade, garantir a segurança dos cidadãos e apoiar adequadamente os profissionais que estão na linha de frente.

A população pernambucana clama por ações concretas e efetivas que tragam resultados palpáveis. A segurança pública é um direito fundamental e deve ser tratada com a seriedade e o compromisso que a situação exige. Até lá, os números continuarão a contar uma história de medo e violência que o governo não pode mais ignorar.

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