Na política recifense, uma jogada surpreendente e, para muitos, quase mágica, acaba de acontecer. Victor Marques, um completo desconhecido até pouco tempo, passou de chefe de gabinete a vice-prefeito em um piscar de olhos. E, como num conto de fadas, está destinado a ser prefeito de Recife em dois anos. Com apenas quatro meses de filiação partidária no PCdoB, Victor é a prova viva de que, na política, estar no lugar certo e na hora certa vale mais do que anos de experiência.
Victor, nome de confiança de João Campos, atual prefeito de Recife, tornou-se a escolha óbvia para vice-prefeito. A expectativa é que, até 2026, os recifenses já estejam familiarizados com sua figura. Esse movimento estratégico de Campos não apenas sublinha a rapidez com que carreiras políticas podem ser construídas, mas também levanta questões sobre o valor da experiência e da maturidade na administração pública.
Na política, ao que parece, não é necessário ter fama, um currículo extenso ou mesmo maturidade. Basta estar no lugar certo e no momento certo. É como se João tivesse uma varinha de condão: um simples aceno e a mágica acontece.
A ascensão meteórica de Victor ilustra de forma contundente como o poder e a influência podem, muitas vezes, superar os processos. Com 75% de aprovação, João Campos possui o capital político necessário para “fabricar” sucessores conforme sua conveniência, sem precisar se preocupar com a legitimidade que, em teoria, deveria ser conferida pelo voto popular.
Enquanto isso, a democracia e a vontade do povo parecem ser meros detalhes em uma narrativa dominada pelo carisma e pela habilidade política de Campos. É ele quem detém a fama, o apoio popular e a capacidade de marcar gols políticos sempre que desejar. Para Victor Marques, resta seguir o script e se preparar para, daqui a dois anos, assumir oficialmente a cadeira de prefeito, num passe de mágica que só a política poderia proporcionar.