O PSB lançará uma chapa nos próximos dias sem incluir o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para as eleições municipais de outubro. A decisão do prefeito de Recife, João Campos (PSB), comunicada ontem à cúpula nacional do PT e a Lula, é vista como arriscada e deve ter repercussões pela frente.
Apesar do socialista desfrutar de alto índice de aprovação, com 75% dos eleitores recifenses apoiando sua gestão, o cenário é complexo e repleto de negociações. Por isso, o preço pode ser alto demais. Fontes próximas informam que o acordo PSB/PT envolve a reeleição do senador Humberto Costa (PT), que tentará manter seu cargo no Senado. Esse compromisso seria parte de um entendimento maior entre os partidos, no qual o PSB apoiaria a reeleição de Lula em 2026.
A condição de Costa ocupando uma das duas vagas para o Senado em uma possível chapa com João Campos teria partido do próprio Lula, que sabe das implicações que terá pela frente. A disputa pela segunda vaga no Senado é longa e promete ser acirrada. Nomes como o ministro Silvio Costa Filho, a ex-deputada Marília Arraes, o senador Fernando Dueire e o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho, estão na briga. Lula terá que equilibrar os interesses em jogo cuidadosamente para não prejudicar suas próprias aspirações políticas.