O vereador Alcides Cardoso (PL) veio a público cobrar a demolição imediata do Edifício 13 de Maio, após a Prefeitura do Recife anunciar a contratação de serviços de engenharia para a demolição de prédios classificados como de risco na cidade, no valor de R$ 5,024 milhões. A contratação foi firmada com a empresa AC Engenharia e Serviços Ltda no último dia 17 de junho, sob responsabilidade da Secretaria de Política Urbana e Licenciamento.
Cardoso, líder da oposição na Câmara do Recife, questionou se o Edifício 13 de Maio, localizado na Rua da União, bairro da Boa Vista, está incluído nos serviços contratados e pediu o detalhamento do contrato. “Precisamos confirmar se o contrato firmado pela Prefeitura do Recife contempla o Edifício 13 de Maio, além da divulgação do projeto e do cronograma de demolição para que possamos monitorar as ações. Afinal, essa tragédia anunciada do prédio na Rua da União vem se arrastando há muito tempo pela omissão das gestões do PSB e tem que se dar um basta no alto risco de desabamento do edifício-esqueleto a que estão expostos os moradores vizinhos, comerciantes e transeuntes.
Há quase três meses, o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) expediu um alerta de responsabilização à Prefeitura do Recife para que o Edifício 13 de Maio, abandonado há mais de seis décadas e classificado como risco R4 pela Defesa Civil, fosse demolido com urgência. A decisão foi emitida pelo conselheiro Marcos Loreto no dia 5 de abril deste ano, após uma representação de Alcides Cardoso no início do ano, solicitando providências à Corte. A cobrança do líder da oposição, no entanto, remonta a 2021, quando a Câmara Municipal aprovou um requerimento do vereador para que a administração municipal executasse a demolição do prédio.
A condição de alto risco de desabamento do prédio de 11 andares foi classificada pela Defesa Civil em 11 de novembro de 2019, durante a gestão do ex-prefeito Geraldo Julio (PSB). No mesmo ano, a Justiça autorizou a demolição do edifício. O alerta do TCE-PE reforça que o prédio pode “desabar a qualquer momento” e que “não permite demora e entraves burocráticos, por parte do Poder Público, diante do risco de tragédia a qualquer momento”. A decisão destaca que as “estruturas de concreto armado se encontram totalmente deterioradas, com consideráveis perdas de material, bem como as ferragens expostas e totalmente oxidadas, abandonadas aos efeitos das intempéries há décadas”.
“O medo na vizinhança do Edifício 13 de Maio só aumentou com a chegada do inverno e porque os relatos deles são de que pedaços da estrutura estão caindo. Uma tragédia pode ocorrer a qualquer momento no local e, diante disso, a gestão do prefeito João Campos deve agir com urgência para demolir o prédio e proteger vidas que seguem expostas ao alto risco”, cobrou o oposicionista Alcides Cardoso.