Campos: sem vice do PT e aliança mantida

Lula desembarca em Pernambuco para agendas administrativas em Arcoverde e Goiana. Sua presença no Recife vai agitar o cenário político - Reprodução
Prefeito João Campos busca uma alternativa para manter aliança com o Partido dos Trabalhadores, mesmo sem ceder sua vice - Reprodução

Em uma movimentação política estratégica, o prefeito de Recife, João Campos (PSB), tem buscado uma “saída honrosa” para o PT após informar ao presidente Lula que não cederá a vice-prefeitura ao partido nas eleições municipais deste ano. A informação foi divulgada pela Coluna do Estadão e repercutiu nos bastidores da política pernambucana.

Em conversas com aliados, João Campos sinalizou que deve escolher o ex-chefe de gabinete Victor Marques (PCdoB) para compor sua chapa como vice-prefeito. Outra opção considerada pelo prefeito é a ex-secretária de Infraestrutura Marília Dantas (MDB), reforçando a busca por uma composição robusta e equilibrada para o próximo mandato.

A decisão de Campos de não entregar a vice-prefeitura ao PT tem motivações claras. Ele deseja evitar um rompimento total com o partido, especialmente em um cenário político em que alianças são fundamentais para garantir a governabilidade. Para mitigar o impacto dessa decisão e manter o apoio do PT, o PSB de Pernambuco avalia retirar a pré-candidatura em Olinda. O partido tinha a deputada Gleide Ângelo como nome certo para essa disputa. Em Jaboatão dos Guararapes o PSB apoia pré-candidatura do PT. Esse movimento visa fortalecer a aliança entre os dois partidos, minimizando desgastes e assegurando um apoio mútuo estratégico.

A vice-prefeitura de Recife tornou-se um cargo cobiçado em razão das eleições de 2026. Caso reeleito, João Campos deve renunciar ao cargo para concorrer ao governo estadual, abrindo espaço para que seu vice assuma a prefeitura da capital pernambucana. Esse cenário potencializa a importância das negociações em torno da escolha do vice-prefeito, uma vez que a posição pode servir como trampolim político para 2026.

A articulação de Campos para manter a coalizão com o PT reflete a complexidade e a importância das alianças políticas no contexto municipal e estadual. A escolha do vice-prefeito será um indicativo não apenas das prioridades do PSB, mas também da capacidade de João Campos de navegar habilmente pelos desafios e pelas oportunidades do cenário político atual. A estratégia de Campos e a reação do PT serão determinantes para o futuro político de Pernambuco, com reflexos que podem se estender até as eleições estaduais de 2026.

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