Entre os autores contratualistas, o inglês Thomas Hobbes, procurou inspiração nas páginas bíblicas para escrever seu famoso livro Leviatã. Detentor de uma visão nada animadora com relação ao ser humano, Hobbes não poupa palavras para externar sua posição antropológica cravando uma das frases mais populares no mundo da filosofia política: “o homem é o lobo para o homem”. Sendo assim, o comportamento social sem a interferência do Estado, patrocina o terror em uma luta constante de todos contra todos.
Atualmente, muitos historiadores de maneira apologética, expressam que o mundo vive o modelo do Estado hobbesiano. Que nos diga o nosso Pernambuco, onde as pessoas se sentem inseguras e a criminalidade tem predominado. O que dizer dos hospitais públicos, local em que a população não consegue se quer ser atendida. As filas quilométricas nos corredores se tornaram algo cotidiano. Dizer que o problema é atual não corresponde à verdade, mas o eleitor em sua maioria, ao eleger seus representantes, acredita que dias melhores virão, caso contrário não ousaria escolher algo novo, pois segundo Platão, o novo assusta. Assim também pensou Calabar.
Olinda, 28 de maio de 2024
Sem ódio e sem medo.
Hely Ferreira é cientista político