Com eleições se desenrolando em 80 países ao redor do mundo, este ano, as redes sociais enfrentam um grande teste em seu papel na disseminação de informações e na influência sobre o processo democrático. Desde as eleições presidenciais nos Estados Unidos até as municipais no Brasil, a preocupação com o uso desenfreado de inteligência artificial (IA) e a desinformação têm sido temas centrais.
O Conselho de Supervisão da Meta, tribunal composto por 22 especialistas que supervisionam as práticas da empresa mãe do Facebook, Instagram e Threads, já está se preparando para lidar com os desafios que surgem com a eleição em massa ao redor do mundo. Um dos principais pontos de preocupação é o potencial de interferência no processo democrático através de informações manipuladas.
Ontem (14/05), uma imagem viralizada nas redes sociais, originada do WhatsApp e disseminada no antigo Twitter, agora chamado Rede X, trouxe à tona a preocupação com a manipulação de informações. A imagem, que supostamente mostrava resgates no Rio Grande do Sul, foi usada como munição por integrantes da extrema-direita, confundindo muitos usuários. No entanto, os internautas rapidamente apontaram a manipulação, chamando-a de “montagem tosca” e destacando a importância de discernir a verdade em meio à enxurrada de informações.
Diante desses desafios, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no Brasil emitiu regras para o uso da tecnologia em 2024, visando evitar a propagação em massa de desinformação e o uso indevido de IA. O tribunal enfatizou que a qualidade das informações é um dever de cuidado democrático, tanto do Estado quanto dos cidadãos, e que a tecnologia não deve ser usada para prejudicar a democracia e as liberdades individuais.
Nesse contexto, é essencial que todos os usuários das redes sociais estejam atentos aos conteúdos e se comprometam em buscar a verdade. Em um momento em que a confiança nas instituições democráticas está em jogo, proteger a integridade das eleições é fundamental para garantir a saúde de nossas sociedades.