O cenário de violência crescente em Pernambuco tem gerado preocupações e questionamentos sobre a eficácia das medidas adotadas pelo Governo de Pernambuco para combater o problema. De acordo com dados recentes, entre janeiro e abril deste ano, foram registradas 1.312 mortes violentas intencionais no estado, um aumento de 7,27% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Este aumento contrasta com os dados divulgados pela governadora Raquel Lyra durante reunião de monitoramento de seu governo. Em nota à imprensa, Raquel destacou resultados positivos, mencionando uma queda nos números em pelo menos 109 municípios, com o mês de abril de 2024 apresentando o menor número de registros de mortes intencionais desde 2013. Raquel Lyra ressaltou o acompanhamento semanal das ações do programa ‘Juntos pela Segurança’, que visa reduzir em 30% as mortes violentas intencionais até 2026. No entanto, o aumento nos índices de violência coloca em xeque a eficácia dessas medidas.
A Diretoria Integrada do Interior 1, onde os dados apontam redução nos índices de mortes violentas intencionais, abrange municípios do Agreste e da Zona da Mata. O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, comentou sobre a realização de ações integradas no interior pernambucano, visando uma maior compreensão dos números de criminalidade por parte dos profissionais envolvidos no processo criminal.
Curioso perceber que o interior do estado foi apontado no boletim da própria SDS, divulgado há uma semana, o mais violento das regiões, contabilizando 621 mortes. Atrás, vieram municípios da Região Metropolitana. E essa violência não estancou, fazendo vítimas todos os dias, como vimos, ontem, quando mais uma mulher foi morta e teve seu corpo jogado em lagoa, no Cago de Santo Agostinho. Nem mesmo integrantes do governo estadual estão imunes à violência, tendo sofrido tentativa de assalto, no último sábado, gravada em câmera de segurança.
