Representantes da Associação dos Delegados e Delegadas de Polícia de Pernambuco (Adeppe) partiram para Brasília com um objetivo claro: sensibilizar a bancada pernambucana no Congresso Nacional para que apoiem a classe e votem pela derrubada dos vetos aos dispositivos da Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis. O grupo, formado pelo presidente da entidade, Diogo Victor, pela vice-presidente Cláudia Molina, e a deputada estadual Gleide Ângelo terão reuniões com os parlamentares pernambucanos.
A delegada Cláudia Molina destacou a importância desses vetos para a dignidade dos profissionais de segurança pública, ressaltando a necessidade de direitos como indenização por periculosidade, ajuda de custo na remoção e horas extras pagas em caso de excederem a carga horária. “Esses vetos se contrapõem à dignidade dos profissionais de segurança pública que estão sempre se expondo e expondo suas famílias para proteger a sociedade”. Ela acrescenta que são direitos importantes que motivam, fazem com que o trabalhador se sinta valorizado e protegido.
A Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis, aprovada após mais de 35 anos desde a Constituição de 1988, é vista como um marco para a segurança pública. Seus dispositivos estabelecem normas de funcionamento, diretrizes, competências, direitos e deveres do órgão, proporcionando autonomia necessária para investigações criminais e proteção dos cidadãos.
No entanto, o veto presidencial frustrou importantes direitos, garantias e prerrogativas dos policiais civis brasileiros, ignorando conquistas históricas e sonegando direitos previstos na Constituição Federal. A votação do veto na Sessão Conjunta do Congresso Nacional, amanhã (09) é aguardada com expectativa pela Adeppe, que confia no apoio dos parlamentares do estado para garantir uma carreira mais próspera para os policiais civis, refletindo positivamente no combate à criminalidade e na pacificação social.