A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (07) a Operação Stasis, com o objetivo de investigar as ameaças sofridas pelo presidente do partido União Brasil, Antonio Rueda. Cinco mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no interior de Pernambuco, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Os alvos da operação são pessoas ligadas ao ex-presidente do partido, Luciano Bivar, que não é alvo das buscas, mas é investigado no inquérito.
As investigações tiveram início na Polícia Civil do Distrito Federal, quando Rueda registrou ocorrência por ameaças. Com o declínio da competência para o STF, devido à participação de Bivar, que é deputado federal e possui foro por prerrogativa de função, a investigação ficou a cargo da Polícia Federal.
Segundo informações da CNN, Rueda havia solicitado à Corte que investigasse uma suposta declaração de Luciano Bivar sobre a contratação de pistoleiros para matá-lo. O relato, conforme a defesa de Rueda, foi feito por um empresário que teria ouvido Bivar falar isso ao telefone com uma terceira pessoa não identificada.
Toda essa celeuma teve início quando Rueda, então vice-presidente do União Brasil, anunciou sua intenção de substituir Bivar na presidência. Dias antes da eleição para o cargo, Rueda afirma ter recebido ameaças à sua vida e à de sua família em uma ligação do deputado. Ao ser eleito, presidente do União, duas casas da família de Rueda foram incendiadas na praia de Toquinho, em Pernambuco, levantando suspeitas de crime. A polícia iniciou uma investigação para apurar se o incêndio foi criminoso. Bivar nega qualquer envolvimento nos incidentes, afirmando serem fruto de represálias em função de denúncias apresentadas ao Conselho de Ética do partido.
