Na esteira de uma derrota significativa na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE) no dia de ontem (29), a governadora Raquel Lyra tomou medidas imediatas, causando agitação no cenário político do estado. Após a rejeição de sua proposta para a extinção das faixas salariais na Comissão de Justiça, com votação de cinco a três votos contrários ao governo, Lyra ordenou a paralisação imediata das promoções dos praças da Polícia Militar e dos bombeiros.
A decisão da governadora, vista como retaliação à derrota legislativa, também resultou em uma série de afastamentos e exonerações dentro de sua gestão. Entre os exonerados, destaca-se o diretor do Pró-Rural, José Gomes Ferraz, ligado ao coronel Meira, e uma lista adicional de dez funcionários. Outros são associados ao deputado Joel da Harpa.
Essas ações refletem a crescente tensão entre Raquel Lyra e os aliados bolsonaristas, que se tornou evidente ao longo dos últimos meses. Integrantes do PL, partido ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, têm buscado caminhos políticos divergentes em relação às orientações da governadora nas votações de projetos importantes para o governo estadual, na Alepe.
A situação política em Pernambuco permanece tensa e incerta, com a governadora buscando reafirmar sua autoridade e consolidar seu apoio legislativo após esse revés. Enquanto isso, os bolsonaristas e outros grupos políticos articulam-se para lançar desafios à liderança de Raquel Lyra e à sua agenda administrativa.
