Marília abandona Duque em Serra Talhada

Marília Arraes abandona Luciano Duque em Serra depois dele ter trocado o PT pelo Solidariedade para disputar a prefeitura municipal - Reprodução
Marília Arraes abandona Luciano Duque em Serra depois dele ter trocado o PT pelo Solidariedade para disputar a prefeitura municipal - Reprodução

Em uma reviravolta política que tem chamado atenção em Pernambuco, a vice presidente nacional do Solidariedade, Marília Arraes, optou por mudar de aliado em um momento delicado, redefinindo o jogo eleitoral em Serra Talhada. Depois de uma jogada semelhante em Jaboatão dos Guararapes, Arraes abandona o deputado Luciano Duque (SD), que se preparava para disputar a prefeitura, e sobe no palanque de Márcia Conrado (PT), atual prefeita e candidata à reeleição na cidade que representa o maior bastião do PT no estado.

Esta não é a primeira vez que Marília Arraes faz uma mudança estratégica de última hora. A manobra repete um padrão observado em sua carreira política, onde a adaptabilidade e a busca por posições vantajosas parecem ser elementos centrais de sua estratégia. Contudo, a decisão de apoiar Márcia Conrado, anteriormente aliada de Raquel Lyra (PSDB), gerou controvérsias.

Em Serra Talhada, os murmúrios sobre traição começam a ganhar força, considerando o incentivo prévio de Arraes à candidatura de Duque, que saiu do PT e ingressou no Solidariedade com a intenção de lançar-se à prefeitura. Por trás dessa reviravolta, especula-se que as ambições políticas de Marília Arraes visam além das eleições municipais. Com a mira em 2026, Arraes parece estar posicionando suas peças para um possível lance ao Senado Federal.

Tendo considerado uma candidatura em 2022, Marília optou por concorrer ao governo estadual, adiando seus planos para o Senado. Com duas vagas em disputa em 2026, o reconhecimento prévio de seu nome entre os eleitores pode ser um trunfo valioso. Entretanto, outros desafios se apresentam no caminho de Marília Arraes. O partido Solidariedade, atualmente, não possui a estrutura necessária para apoiar uma candidatura competitiva ao Senado. Além disso, a possível federação com o PSB introduz uma variável complexa, dada a liderança do PSB na oposição e a necessidade de expandir alianças.

Diante deste cenário, circulam rumores de um possível retorno de Arraes ao PT. Discussões e movimentações nesse sentido já estariam ocorrendo nos bastidores, o que poderia não apenas fortalecer sua candidatura ao Senado, mas também reestabelecer antigas alianças, essenciais para o avanço de suas aspirações políticas em Pernambuco. O problema são figurões da legenda petista que também têm pretensões no Senado, como o atual senador Humberto Costa.

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