Monitoramento não estanca crise na segurança

Ontem, mais uma reunião semanal do governo aconteceu para monitorar a crise na segurança pública em Pernambuco - Hesíodo Góes/Secom
Ontem, mais uma reunião semanal do governo aconteceu para monitorar a crise na segurança pública em Pernambuco - Hesíodo Góes/Secom

Quase oito meses após o lançamento do programa “Juntos pela Segurança”, dotado de um aporte recorde de 1 bilhão de reais, a crise na segurança pública em Pernambuco persiste sem sinais de estancamento. As reuniões semanais do governo estadual, destinadas a monitorar a situação, têm sido palco para discussões acaloradas sobre as medidas adotadas e para exposição contínua do cenário alarmante da violência no estado.

Apesar dos esforços empreendidos, os indicadores criminais continuam a escalada ascendente, com um total de 989 mortes violentas intencionais registradas nos primeiros três meses deste ano. Esse número representa um aumento significativo de 9,16% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando 906 vidas foram perdidas para a violência.

Na mais recente reunião de monitoramento, liderada pela governadora em exercício, Priscila Krause, foram debatidas políticas públicas de prevenção à violência, visando à integração das diversas ações estruturadas por diferentes órgãos do governo estadual. A busca por uma abordagem mais abrangente e coordenada visa deter o avanço da criminalidade e proporcionar maior segurança à população pernambucana.

O encontro, realizado semanalmente pela gestão de Raquel Lyra, reuniu representantes de várias secretarias e órgãos estaduais na sede da Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional, no Recife. Contudo, os desafios persistem, e o recente fim de semana violento, marcado por mortes que se estenderam do Agreste à capital, e o aumento nos casos de feminicídio, evidenciam a ineficácia do programa e a urgência de medidas mais eficazes e abrangentes para enfrentar a crise na segurança pública em Pernambuco.

 

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