O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcará em Pernambuco amanhã (04/4) para uma série de compromissos administrativos. Seu retorno ao estado vai agitar o cenário político estadual, já que o petista também terá agenda política à noite e deve discutir o processo eleitoral na capital pernambucana com o prefeito João Campos (PSB).
Sua primeira parada será em Arcoverde, no Sertão pernambucano, onde inaugurará a Unidade Elevatória da Adutora do Agreste, um projeto que beneficiará 44 municípios da região através da Transposição do São Francisco. A cerimônia está agendada para as 9h, no Distrito de Ipojuca.
Acompanhando Lula, estará o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e autoridades locais, incluindo a governadora Raquel Lyra (PSDB) e os senadores Teresa Leitão (PT) e Humberto Costa (PT), além do prefeito de Arcoverde, Wellington Maciel, e membros de seu secretariado.
Após o evento em Arcoverde, Lula seguirá para Goiana, onde participará da inauguração da nova fábrica para produção de medicamentos recombinantes da Hemobrás, no turno da tarde. No entanto, sua presença no estado vai além de compromissos administrativos, tendo um forte componente político.
À noite, Lula participará de um evento no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, onde sancionará o projeto que cria o Sistema Nacional de Cultura (SNC), relatado por Humberto Costa. Este evento extra foi solicitado pelo aliado político, indicando a relevância da presença de Lula no cenário político pernambucano.
O Partido dos Trabalhadores decidiu que o presidente deve se envolver no processo eleitoral de algumas cidades, incluindo a capital pernambucana, onde o prefeito João Campos (PSB) adia a decisão sobre a escolha de seu vice. Este será um tema central que deve acontecer, em reserva, embora não tenha sido divulgado nenhum outro encontro ou jantar com o prefeito que também estará presente no mesmo evento.
O PT vê na vice de João a chance de retomar poder na capital pernambucana, enquanto Campos busca manter sua popularidade e força política. Assim, João empurrou a decisão para o período das convenções partidárias. Também não confirmou que o PT será contemplado. Não é a primeira conversa dos líderes sobre esse assunto e não deve ser a última, já que será muito difícil e até improvável o prefeito ser convencido a ter um petista em sua chapa nas eleições deste ano.