A executiva nacional do União Brasil se reúne hoje (13) e decide o possível afastamento do presidente do partido, o deputado Luciano Bivar (PE). O encontro surge treze dias após a reunião que elegeu Antônio Rueda para presidir a sigla a partir de maio. A reunião está marcada para às 15 horas, na sede do União Brasil em Brasília. Foram convocados deputados, senadores, governadores e o próprio Rueda.
O encontro surge após vários episódios, incluindo incêndios em duas residências do presidente eleito do partido, Antônio Rueda, nessa segunda-feira (11). Apesar de ter sido eleito para o comando da legenda em 29 de fevereiro, Bivar permanece comandando o partido até junho. Se a executiva nacional decidir pelo afastamento, Rueda assumirá imediatamente o cargo.
Nesta segunda, duas casas da família do novo dirigente partidário, localizadas na Praia de Toquinho, no litoral de Pernambuco, pegaram fogo simultaneamente. O secretário de Defesa Social pernambucano, Alessandro Carvalho, confirmou “indícios” de incêndios criminosos. Os laudos periciais serão divulgados na próxima semana.
Ontem, Bivar afirmou que tem sido alvo de acusações relacionadas ao incêndio. Ele revidou acusando a mulher de Rueda, Florinda Rueda, de roubar um cofre em seu apartamento. “São ilações, por exemplo, a mulher do presidente foi no meu apartamento também e roubou meu cofre”, soltou Bivar. Ele alega que cedeu confidencialmente o segredo do cofre para Florinda, que então teria roubado todo o dinheiro. Mas não informou a quantia.
A crise no União Brasil começou quando Rueda foi eleito presidente após uma briga pelo poder que tem exposto feridas internas. Na ocasião, Bivar publicou um edital cancelando a convenção partidária, medida que foi frustrada após a aprovação de um recurso feito pelos seus opositores.
O União Brasil surgiu em 2022 da fusão entre o DEM e o PSL. Dois anos depois, as duas alas ainda não se acertaram. Bivar era o presidente do antigo PSL e enfrentava oposição de correligionários ligados ao DEM. Ele afirmou que a eleição do último dia 29 estava “viciada”, mas o ex-presidente do DEM e atual vice-presidente do União, ACM Neto, negou as acusações.
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