Adriana Araújo, conhecida há duas décadas como Nega do Babado, não é apenas a voz marcante por trás do hit “Milckshack” – é a personificação de uma jornada marcada pela resiliência. Em uma entrevista reveladora, a artista, mãe solo e negra, compartilha os altos e baixos enfrentados ao longo dos anos, desafiando preconceitos em uma sociedade ainda fechada.
“Ser mulher já é uma luta, imagina ser também mãe, negra, fora dos padrões e ainda cantar brega. Precisamos saber exatamente quem somos”.
Mesmo com recursos limitados, o apoio da família emerge como a âncora fundamental que a sustentou durante os momentos difíceis”. A evolução de Nega do Babado não é apenas musical; é um testemunho de resistência.
“Insistindo, resistindo, acreditando, debatendo e mais importante, nunca desistindo”
A força encontrada na adversidade é, para ela, uma ferramenta de empoderamento. “A dor ensina a parir”, ressoa a sabedoria transmitida por sua avó materna. Além da narrativa pessoal, a artista destaca a importância do brega pernambucano como um movimento cultural enraizado na periferia, que transcende fronteiras e ecoa nas ruas da capital e do estado.
“O brega mostra os costumes locais, onde levamos em nossas letras o cotidiano das pessoas”, destaca. Este ritmo, simples e popular, torna-se uma voz que ecoa através das gerações, abordando temas universais de amor, traição e empoderamento.
Nega diz que o brega não é só a música, ele tem moldado a cultura, lançando tendências, gírias e comportamentos. Seu legado no brega pernambucano é mais do que uma trajetória musical; é um testemunho de perseverança, resistência e contribuição significativa para a rica tapeçaria cultural do povo.
https://podacochar.com.br/o-protagonismo-das-mulheres-no-brega/
https://podacochar.com.br/uma-viagem-nostalgica-ao-passado-do-brega/
https://podacochar.com.br/elas-desafiaram-normas-e-moldaram-culturas/
2 comentários sobre “20 anos de resistência e empoderamento”