Ofensas contínuas, muitas vezes praticadas coletivamente, com a intenção de humilhar, ofender e magoar. Quem é agredido, por estar sozinho ou se sentir impotente, não consegue revidar na mesma proporção. Essa perseguição constante afeta os autistas de forma mais pungente. É isso que o PL 1621/2024 vai combater em Pernambuco.
O autor da proposta, deputado João Paulo Costa falou um pouco da sua iniciativa durante a sessão de hoje (22) na Alepe. Ele quer combater essa prática de bullying tão perversa e que tem sido comum nas escolas de todos os lugares, mas aqui no estado ele quer dar um basta. A proposta vai garantir também que todas as escolas elaborem, produzam e distribuam gratuitamente cartilhas informativas e ilustrativas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O parlamentar explicou que a iniciativa foi motivada por um vídeo que mostrava uma criança autista sofrendo bullying no ambiente escolar, por meio de comentários cruéis e preconceituosos. João Paulo Costa espera prevenir episódios semelhantes, promovendo a conscientização e a inclusão no ambiente escolar.
“Queremos combater formas de discriminação e preconceito enfrentados por pessoas autistas, propondo medidas para acolhimento e inclusão nos ciclos sociais e acadêmicos”. João Paulo destacou que a inclusão e o respeito são princípios fundamentais na educação. Além desse PL, o deputado destaca seu compromisso com a causa, mencionando outras leis e projetos apresentados anteriormente. Ele citou o que autoriza o Poder Executivo a adotar o método ABA (Análise Aplicada do Comportamento) para o tratamento de pacientes com TEA na rede pública estadual de saúde.
João Paulo Costa tem dialogado com especialistas e grupos que defendem a melhoria na qualidade de vida das pessoas com TEA. O parlamentar enfatizou sua disposição em contribuir para “garantir uma melhor qualidade de vida para as pessoas autistas em Pernambuco, promovendo o diálogo com associações, grupos, pais e pessoas que vivenciam o autismo”.