Críticas de Lula a Israel geram mobilização

Lula solicitou o apoio de seus aliados e de suas equipes de comunicação para reforçar a narrativa do governo sobre os acontecimentos - Ricardo Stuckert / PR
Lula solicitou apoio de aliados e de suas equipes de comunicação para reforçar narrativa do governo sobre os acontecimentos - Ricardo Stuckert / PR

A recente declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou os ataques de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto, está gerando repercussões significativas. Além de irritar o Estado de Israel, a fala serve de munição para a oposição, levando a um alvoroço no Palácio do Planalto. Em resposta, Lula convocou uma reunião de urgência com os lideres de sua base para discutir a situação.

A preocupação se intensifica diante da manifestação prevista para este domingo, na Avenida Paulista, comandada pelo ex-presidente Bolsonaro e seu principal financiador, o pastor Malafaia. Além disso, há uma inquietação em relação à propagação de Fake News nas redes sociais, com opositores clamando pelo impeachment do presidente.

Diante desse cenário, Lula solicitou o apoio de seus aliados e de suas equipes de comunicação para reforçar a narrativa do governo sobre os acontecimentos. A informação que o governo busca disseminar é que Lula contava com o respaldo de 70 países antes de emitir o comentário. Líderes dos EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia emitiram uma declaração conjunta pedindo um cessar-fogo humanitário imediato na Faixa de Gaza, evidenciando apoio à posição de Lula.

Nesta quinta-feira, Lula tem um encontro marcado com o Secretário de Estado dos EUA, Antônio Blinken, para discutir a questão. Os aliados do presidente defendem suas palavras, ressaltando seu histórico em favor da paz e do fortalecimento do sentimento de solidariedade entre os povos.

A condenação à fala de Lula é vista como uma estratégia do grupo político ligado ao ex-presidente Bolsonaro, que planeja utilizar o assunto de maneira estratégica durante a manifestação na Avenida Paulista. Há especulações sobre a possibilidade de convidar o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, para participar do ato.

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