Enquanto João Campos busca se tornar celebridade Recife afora, Raquel Lyra concentra-se em consolidar alianças para a sua reeleição em 2026. Reconhecendo a força do prefeito, a governadora prepara-se para um embate duro. Ela tem aproveitado as fragilidades de Campos, questionado nos bastidores por falta de atenção aos aliados e estrelismo, e vai avançando em partidos da base municipal.
Antes criticada por falta de diálogo, ela lançou a estratégia de conversar e atrair aliados. Fez isso com o PSD, PDT e Podemos. A ideia é formar uma coalizão robusta, para tanto entregou a Secretaria de Cultura ao PSD e abriu espaço na Agricultura para o Podemos. Apesar da ausência de representação dessas legendas na Assembleia Legislativa, a governadora parece focar no crescimento futuro.
A próxima sigla que a chefe do executivo pretende fisgar é o MDB, que atualmente ocupa uma secretaria no município. Raquel já esteve com o senador Fernando Dueire e o deputado Jarbas Filho e tudo indica que o partido irá trocar mesmo de endereço, aderindo ao escalão estadual. Só não se sabe ainda se a escolha será pelo nome de Jarbas Filho ou Raul Henry. Há divergências internas que podem influenciar nessa escolha.
A saída do PP e PSD da Frente Popular do Recife em favor da base do governo estadual, somada à adesão do PDT revela uma realocação significativa no cenário político pernambucano. A escolha de Cícero Moraes para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca, na cota do Podemos, também reforça a estratégia da governadora em formar uma grande coalizão de partidos.
Com a “minirreforma” da gestão em curso, outros partidos aliados aguardam reacomodação de espaços, evidenciando a complexidade e dinâmica da política local. A trajetória de Raquel na construção dessa base aliada será fundamental para enfrentar os desafios eleitorais que se aproximam em outubro de 2024.