O prefeito do município de Paulista, Yves Ribeiro (PT), manifestou sua indignação em relação ao seu oponente e ex-prefeito, Júnior Matuto, a quem acusou de disseminar informações falsas e chamou de ingrato. A controvérsia entre os dois políticos envolve o pagamento dos servidores municipais, que, segundo Yves, enfrentaram atrasos nos vencimentos no final do ano.
Yves assegura que a situação decorreu de um problema bancário e enfatiza que todos os funcionários públicos tiveram seus salários depositados. O prefeito repudiou os boatos que circularam com o intuito de espalhar desinformação sobre esse assunto específico. Ele esclareceu que os recursos provenientes do ICMS e do FPM foram recebidos nos últimos dias e devidamente depositados nas contas.
Yves relatou que, até a última sexta-feira, o gerente do Banco Bradesco, responsável pelo pagamento da folha dos servidores municipais, fez todos os esforços para efetuar os pagamentos. No entanto, o Banco Central teria vetado os pagamentos a diversas entidades privadas e prefeituras. O prefeito explicou que, após o feriado de final de ano, quando o banco reabriu, os valores já estavam nas contas dos servidores. “Cumprimos mais uma vez com o papel de homem público. Quem critica, como Júnior Matuto, precisa ter respeito. Ele, que deixou a cidade desorganizada, mexeu nos planos de cargos e salários e atrasava pagamentos, é quem tem explicações a dar à população, à Polícia Federal e aos tribunais”, disparou Yves.
O gestor continuou os ataques, acusando Júnior Matuto de ter problemas e de não aprender com as lições oferecidas no passado. “Você que desorganizou esta cidade, que mexeu com a conta do povo, tem muitas explicações a dar à Justiça. Eu, ao contrário, sou um cidadão com 75 anos, com todas as contas aprovadas, e minhas mãos estão limpas”, afirmou. Yves reiterou a ingratidão de Júnior Matuto, ressaltando que o oponente começou sua carreira política com exemplos de sua gestão, mas não seguiu os princípios corretos. O prefeito mencionou processos em que Matuto se envolveu, incluindo a rejeição da conta de campanha pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER).
Por fim, Yves solicitou respeito à sua extensa trajetória de 60 anos na vida pública e aos 75 anos de idade, mencionando ainda o respaldo do presidente Lula como um fator que dificultará qualquer tentativa de apagar sua história. “Apagar essa história será muito difícil. E agora com o apoio do presidente Lula vai ser mais difícil ainda”.
Para quem não lembra, o ex-prefeito Júnior Matuto foi afastado do cargo após mandato de suspensão de exercício de função pública durante as operações Chorume e Locatário, da Polícia Civil. Elas investigavam suposto esquema de dispensa de licitação para aluguel de prédios públicos e fraudes em contratos com uma empresa de limpeza urbana. A operação envolvia também seis servidores e o proprietário da empresa.