O cenário digital brasileiro tornou-se um campo de batalha acirrado entre as forças bolsonaristas e petistas, evidenciado pelas discrepâncias significativas nas redes sociais entre o ex-presidente Bolsonaro e o atual presidente Lula. Com uma diferença de quase 12 milhões de seguidores apenas no Instagram, a competição pela influência digital atingiu um novo patamar no último fim de semana.
O governo federal intensificou seus esforços, convocando criadores de conteúdo e jornalistas para reforçar sua presença digital através da plataforma ComunicaBR. Esta iniciativa busca fornecer informações sobre as políticas públicas do país, tornando os dados dos programas governamentais acessíveis a todos os cidadãos de maneira simples e democrática. A estratégia visa não apenas fortalecer a comunicação governamental, mas também desafiar a predominância bolsonarista no ambiente digital.
Esse embate tem resultado em uma onda de denúncias por parte de grupos bolsonaristas contra contas de militantes petistas. O impacto já se faz sentir, com algumas contas, como a de Karina Santos, uma comunicadora popular declaradamente petista com 192 mil seguidores, sendo bloqueada no Instagram. Outro a sofrer a mesma punição foi o comunicador Lázaro Rosa, que tinha 41,9 seguidores, e tentaram invadir a página “Eu tô com Lula” (710 mil seguidores).
Todos fizeram conta reserva e estão convocando seus seguidores a migrarem para lá enquanto buscam resolver a situação. O apelo de Karina ganhou apoio de outros influenciadores e até de personalidades como ministros e senadores, e sua conta reserva, com apenas 12 publicações, já chega a 47 mil, mostrando a resiliência da militância petista frente aos desafios digitais.
A polarização política, agora transposta para o ambiente digital, revela uma disputa intensa não apenas entre partidos, mas também entre estratégias de comunicação. À medida que o governo federal busca consolidar sua presença online, a reação dos grupos opositores evidencia a complexidade da guerra digital que permeia a sociedade brasileira. Este cenário promete continuar evoluindo, influenciando a narrativa política do país e a forma como as informações são disseminadas nas redes sociais.