Em março deste ano, completaram-se cinco anos desde o impactante terremoto que transformou drasticamente a geografia da vizinha Maceió e alterou a vida de milhares de cidadãos na capital alagoana. Esse abalo sísmico marcou o início de um tormento persistente que, lamentavelmente, agora ameaça uma cidade inteira. O prefeito João Henrique Caldas (PL-AL) classificou a situação como “a maior tragédia urbana no mundo em curso”.
Os danos catastróficos foram desencadeados pela exploração prolongada de sal-gema realizada pela empresa Braskem ao longo de décadas. Este incidente já está sendo considerado o maior desastre socioambiental da história do país. A população responsabiliza as autoridades políticas e o Poder Judiciário local, acusando-os de permitirem a mineração em uma área situada na zona urbana.
A tragédia, infelizmente, era previsível. A Prefeitura de Maceió está evitando estabelecer horários precisos para o evento, a fim de reduzir a ansiedade da população. De acordo com o prefeito, estão sendo utilizados equipamentos modernos para calcular o afundamento do solo, sua direção e intensidade. Cerca de 350 profissionais de órgãos públicos estão mobilizados nas ações de monitoramento.
Já foi registrado um afundamento de cinco centímetros por hora na região da mina, mas essa medida pode variar ao longo do dia. A extração de recursos pela Braskem teria resultado nas consequências devastadoras que são aguardadas, destacando a importância crítica da regulamentação e fiscalização efetiva na indústria extrativa. A indignação da população reflete a necessidade de políticas mais rigorosas que protejam não apenas a economia, mas também o meio ambiente e o bem-estar dos cidadãos.
“Todo o plano de contingência está funcionando, protocolos estão sendo seguidos rigorosamente pela Defesa Civil de Maceió, que já se comunicou com todas as autoridades pertinentes”, afirmou o prefeito. Ontem (30), a Defesa Civil emitiu um alerta para o risco iminente de colapso na mina 18, na região do antigo campo de futebol do Centro Sportivo Alagoano (CSA). Segundo o órgão, a mina pode desabar a qualquer momento.
Estudos mostram um aumento significativo na movimentação do solo na mina 18, indicando a possibilidade de rompimento e surgimento de crateras caracterizadas pelo vazio da superfície, que podem ocorrer no solo quando não se conhece a fundo a composição e especificidades ao construir.
2 comentários sobre “Uma tragédia anunciada em Maceió”
É triste ler uma notícia dessa.
É triste ler uma notícia dessa.