Danilo Cabral, o atual superintendente da Sudene, decidiu não participar das eleições de 2024, mesmo após ser sondado para concorrer em sua cidade natal, Surubim. Nos bastidores, comenta-se que essa escolha está diretamente ligada à recente derrota, que causou um impacto traumático, resultando em sua manifestação de falta de interesse na disputa municipal. Ele prefere aguardar até 2026 para implementar seus projetos políticos, vislumbrando um novo horizonte.
Com uma trajetória de décadas no Partido Socialista Brasileiro (PSB), Danilo está deixando em breve a sigla que integra há 23 anos e que foi escanteado. Na legenda, seu currículo é extenso, passando pela Câmara Municipal do Recife (2005), vários cargos nas secretarias municipal e estadual e chegando à Câmara Federal (2011 a 2023). Agora, é aguardado pelos membros do Partido dos Trabalhadores (PT), uma legenda à qual sempre esteve próximo.
Vale lembrar que Danilo recebeu o apoio de Lula, que optou por sua candidatura em 2022, descartando Marília Arraes (Solidariedade), recém-saída do PT, para disputar a eleição daquele ano. Ele garantia que o PT continuaria ao seu lado caso fosse eleito governador, declarando na época: “Vou ganhar a eleição com o PT e vou ter o PT governando comigo”. Contudo, o resultado foi um quarto lugar nas eleições estaduais.
Mesmo após a derrota, Lula não o desamparou, facilitando sua chegada à Sudene, um órgão que havia sido extinto durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, após sucessivos escândalos de corrupção e desvios de verbas públicas, e que vinha sendo disputado por várias lideranças, incluindo Marília.
O tempo passou, e agora Danilo Cabral está prestes a ingressar no PT, buscando uma colaboração que sempre esteve em seu radar político. Por enquanto, ele manterá suas responsabilidades na Sudene, consolidando seu nome nos próximos dois anos e reatando laços antigos com os petistas. O caminho à frente promete ser um capítulo importante em sua jornada política.
