Falta menos de um ano para que os sete milhões de eleitoras e eleitores pernambucanos compareçam às urnas eletrônicas para eleger seus candidatos. O tempo, no entanto, parece correr, e os pré-candidatos estão em movimentação intensa para encontrar a melhor alternativa de disputar o pleito de 2024. Isso porque precisam seguir o calendário oficial da Justiça Eleitoral.
A partir de 6 de março de 2024, inicia-se a janela partidária, quando os candidatos terão apenas um mês para resolver suas filiações. Por isso, este é o momento ideal para fazer as articulações e chegar à data com tranquilidade. Muitos políticos estão mergulhados em análises e estudos para decidir qual o melhor caminho. Estar na legenda certa pode significar sucesso no pleito que se aproxima. Do contrário, uma escolha partidária errada poderá custar o mandato.
De um lado, já é possível observar um processo de filiações e indicações de dirigentes para fortalecer as legendas, enquanto, por outro lado, há um movimento significativo de pré-candidatos buscando seu lugar ao sol para se acomodar nos próximos anos. Na Câmara Municipal do Recife, o corre-corre está intenso.
O vereador Zé Neto, eleito no PROS, deve deixar a legenda. Marco Aurélio Filho, que se elegeu vereador pelo PRTB, já está em conversas com o Partido Verde e planeja se candidatar pela sigla. Outro político que está negociando sua acomodação é Gilberto Alves, que entrou na Casa José Mariano pelo Republicanos e, após a queda da chapa do Avante (por fraude relacionada à cota feminina), tem dialogado com lideranças políticas da nova sigla PRD – uma fusão do Patriotas com o PTB – e certamente sairá candidato por ela.
Rodrigo Coutinho, atual secretário de Esportes do Recife, e Paulo Muniz foram eleitos pelo Solidariedade, legenda na época comandada pelo deputado federal Augusto Coutinho. Ambos devem deixar a sigla, e embora não esteja claro em qual partido vão se filiar, há especulações de que Rodrigo possa ingressar no Republicanos.
O aspecto intrigante é que, entre os nomes mencionados, nenhum demonstra interesse em ingressar no “chapão” do PSB, que consideram como o “chapão da morte”. Preferem aguardar por uma chapa paralela dentro da base para garantir acomodação. Vale ressaltar que diversos fatores, incluindo o peso político, podem influenciar na aceitação de um candidato por uma legenda. Portanto, todas essas considerações são relevantes, explicando a intensidade das movimentações neste momento.