Liniker, trans e preta torna-se imortal

Cantora e compositora é a primeira mulher transexual a ocupar cadeira na instituição, sucedendo a eterna Elza Soares – Reprodução/Internet
Cantora e compositora é a primeira mulher transexual a ocupar cadeira na instituição, sucedendo a eterna Elza Soares – Reprodução/Internet

A cantora e compositora Liniker foi empossada como imortal na Academia Brasileira de Cultura, tornando-se a primeira mulher transexual a ocupar uma cadeira na instituição, sucedendo Elza Soares no assento de número 51. A cerimônia, que aconteceu no Rio de Janeiro na última terça-feira (14), contou com a presença de diversas personalidades da cultura brasileira. Emocionada, Liniker destacou a importância desse marco histórico e expressou a necessidade de que a diversidade na academia seja constante com a entrada de novos membros.

“Ao ser a primeira travesti empossada na Academia Brasileira de Cultura, contribuo para abrir um mapa de diversidade e excelência em nossa cultura. No entanto, esse lugar não deve ser exclusivamente meu, mas sim compartilhado por todos os futuros membros”, ressaltou a artista. Liniker, de 26 anos, é reconhecida como uma das grandes revelações da música brasileira, ganhando destaque com o lançamento do EP “Cru” em 2015.

 

Além disso, a cantora fez história ao se tornar a primeira artista trans a receber um Grammy Latino, na categoria “Melhor Álbum de Música Popular Brasileira”, com o projeto “Indigo Borboleta Anil”. A versatilidade de Liniker também se estende à atuação, como protagonista da série “Manhãs de Setembro”, disponível na Amazon Prime Video e exibida pela Band em 2023. Na trama, a cantora interpreta Cassandra, uma motogirl de aplicativo que descobre ter um filho de dez anos e precisa lidar com a presença da ex-namorada na kitnet onde mora.

Estiveram presentes à cerimônia artistas como Gloria Pires, Luana Xavier e Conceição Evaristo. Além de Liniker, outras personalidades como Daniela Mercury, Alcione, Vanessa Giácomo, Beth Goulart e Margareth Menezes também foram eleitas imortais na Academia Brasileira de Cultura.

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