Participação de jovens na política é tímida

Dados do TSE apontam que após as eleições de 2022, houve uma queda de 14% nas filiações nessa faixa etária – Marcelo Camargo/Agência Brasil
Dados do TSE apontam que após as eleições de 2022, houve uma queda de 14% nas filiações nessa faixa etária – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nos últimos quatro anos, a participação de jovens nas eleições aumentou significativamente. Porém, apenas 1% desses eleitores com até 24 anos faz parte de algum partido político, totalizando pouco mais de 170 mil pessoas. Os dados foram revelados pelos Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que identificou também que após as eleições gerais de 2022, houve uma queda de 14% nas filiações nessa faixa etária.

Os mesmos dados apontam que a presença feminina nas agremiações partidárias é inferior ao esperado, representando apenas 46% dos filiados, apesar de constituir 53% do eleitorado nacional, com mais de 82 milhões de mulheres. Bruney Brum, Secretário Judiciário do TSE, destaca a necessidade de medidas legislativas e judiciais para incentivar a participação de jovens e mulheres na política, citando a cota de gênero como exemplo.

O total de filiados a partidos políticos no Brasil é pouco mais de 15,8 milhões. O MDB lidera com cerca de 2 milhões, seguido por PT (1,6 milhão), PSDB (1,3 milhão) e Progressistas (1,2 milhão). Os sete maiores partidos concentram 59,6% dos filiados, enquanto os sete menores têm apenas 117 mil filiações. A quantidade total de filiados diminuiu 5,7% nos últimos cinco anos, passando de 16,8 milhões em 2018 para pouco mais de 15,8 milhões em 2023. A queda é contínua desde 2019, com uma breve elevação em 2020.

As estatísticas revelam que, proporcionalmente, a representação feminina nas agremiações é menor que a masculina. O tempo de filiação é outro aspecto destacado, indicando que sete em cada dez filiados mantêm vínculo com o partido por mais de dez anos.

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