Vale do São Francisco será rota no Enoturismo

Essa região, que abriga sete vinícolas, estendendo-se desde o Sertão de Pernambuco até o Norte da Bahia, é estratégica – Divulgação
A região que abriga sete vinícolas, estendendo-se desde o Sertão de Pernambuco até o Norte da Bahia, é estratégica – Divulgação

O Vale do São Francisco, renomado por seus vinhos tropicais, continua a surpreender ano após ano e está se preparando para se estabelecer como um destino turístico de destaque no Brasil. A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) está atualmente avaliando a viabilidade de um plano de Enoturismo para essa região, que já abriga sete vinícolas, estendendo-se desde o Sertão de Pernambuco até o Norte da Bahia, em pleno coração da Caatinga.

O deputado Lucas Ramos confirmou uma reunião com Marcelo Freixo (presidente da Embratur), Danilo Cabral (superintendente da Sudene), o prefeito Vilmar Cappelaro (Lagoa Grande) e o empresário Jorge Garziera para discutir e planejar ações voltadas para o desenvolvimento de um plano de enoturismo no Vale do São Francisco. Ele explicou que o objetivo é importar boas práticas do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, uma das rotas de vinho mais renomadas do mundo, e adaptá-las às características e potencialidades do Sertão pernambucano. Lucas Ramos ressaltou que o fortalecimento do enoturismo no Vale do São Francisco tem o potencial de gerar empregos e renda, ampliando os impactos socioeconômicos ao longo da cadeia produtiva da vitivinicultura.

Essa região é considerada a segunda maior produtora de vinhos, espumantes e sucos naturais de uva no Brasil, abrangendo uma área de mais de 10 mil hectares que se estende pelos municípios pernambucanos de Lagoa Grande (a capital da uva e do vinho do Nordeste) e Santa Maria da Boa Vista (onde a primeira vinícola do negócio foi estabelecida), bem como a cidade baiana de Casa Nova, que contribuiu para o crescimento do enoturismo na região.

Como um grande protagonista na produção de uvas de mesa, respondendo por 99% das exportações brasileiras, e na fabricação de 7 milhões de litros de vinho anualmente, o Vale do São Francisco tem se destacado como um modelo de desenvolvimento para o Nordeste. A vitivinicultura na região pernambucana e baiana já detém 15% do mercado nacional e emprega diretamente 30 mil pessoas, sendo a única região no mundo que produz duas safras e meia de uvas por ano.

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