Uma pesquisa realizada pelo Sebrae-SP avaliou as diversas modalidades de atendimento voltadas para pessoas com deficiência, com o objetivo de analisar suas vantagens, desvantagens e desafios. O estudo tem como propósito identificar estratégias para aprimorar o atendimento, tornando-o mais adequado às necessidades desse público, levando em consideração suas características específicas. Com base nos resultados, é possível obter um entendimento mais profundo das necessidades e desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência. Isso não apenas melhora a experiência do cliente, mas também pode reforçar a reputação das empresas e impulsionar o avanço em direção a uma sociedade mais igualitária e inclusiva.
A pesquisa envolveu 20 proprietários de empreendimentos em São Paulo com deficiência e 21 especialistas em empreendedorismo voltado para esse público. As deficiências incluem visual, auditiva, intelectual e física, com 40% sendo mulheres. No empreendedorismo, 80% possuem CNPJ, com a maioria sendo Microempreendedores Individuais (MEI), atuando nos setores de comércio, serviços e indústrias.
O estudo avaliou três modalidades de atendimento: remoto, digital e presencial. No atendimento remoto, as vantagens incluíram flexibilidade de horários, facilitando o acesso para pessoas com dificuldades de locomoção, além de economizar tempo e recursos. No entanto, os desafios incluem a necessidade de acesso à internet e dispositivos, possíveis falhas de comunicação e a falta de empatia.
No atendimento digital, as vantagens incluíram respostas rápidas e automatizadas, disponibilidade 24 horas e personalização. No entanto, os desafios envolvem a falta de humanização, a incapacidade de entender contextos complexos e problemas de segurança. De forma presencial, as vantagens incluíram interações humanas, empatia, experiência acolhedora e comunicação multisensorial. Os desafios estão relacionados à acessibilidade física, estigmatização, dificuldades de interação para pessoas com deficiência intelectual e desconforto ambiental para pessoas com hipersensibilidade sensorial.
A pesquisa concluiu que o empreendedorismo, aliado à tecnologia assistiva, desempenha um papel fundamental na inclusão das pessoas com deficiência, permitindo sua participação ativa na sociedade, conforme estipulado pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI).