A influência de sobrenomes históricos na política contemporânea é um fenômeno inegável. Em Pernambuco, as famílias tradicionais continuam a exercer um poder duradouro de geração em geração. Os Arraes, liderados por Miguel Arraes como patriarca, desempenharam um papel crucial na política pernambucana por décadas. O neto de Arraes, Eduardo Campos, deixou um legado, com seus filhos hoje atuando ativamente na política, incluindo João Campos e Pedro Campos (o primeiro como prefeito de Recife e o segundo deputado federal). Marília Arraes, a outra neta do ex-governador Miguel Arraes, também está deixando sua digital na política estadual.
Outra família notável é a dos Coelhos, que há muito tempo exerce influência em Petrolina. Clementino de Souza Coelho, latifundiário e líder político, foi o pioneiro dessa linhagem. Seus descendentes, como Nilo Coelho e Fernando Bezerra Coelho, também deixam suas histórias. Hoje, Miguel Coelho (deputado estadual e ex-prefeito), Fernando Filho (deputado federal) e Antônio Coelho (deputado licenciado e secretário de Turismo do Recife) continuam a missão.
Raquel Lyra (PSDB) traz consigo o DNA de uma família com raízes políticas em Caruaru, no agreste, onde ela mesma foi prefeita. Seu pai, João Lyra Neto, ocupou a prefeitura do município em dois mandatos e posteriormente a vice-governadoria, além de assumir o governo do estado por um curto período.
A lista de sobrenomes históricos é extensa, com filhos, netos e parentes de ex-gestores ou ex-parlamentares demonstrando a força do legado político familiar. Magalhães, Ferreira, Krause, Oliveira – em todos esses sobrenomes, a hereditariedade é uma característica. Esses personagens, mais uma vez, se preparam para desempenhar seus papéis nas próximas disputas eleitorais, mantendo a tradição de influência política.