Enem terá provas coloridas para elevar inclusão

Este ano, os exames serão realizados nos dias 5 e 12 de novembro de 2023, na versão apenas impressa – Reprodução/Internet
Este ano, os exames serão realizados nos dias 5 e 12 de novembro de 2023, na versão apenas impressa – Reprodução/Internet

Os jovens que se preparam para realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano receberão uma inovação significativa: as provas serão coloridas pela primeira vez, em 25 anos de história do exame. Esta iniciativa visa aprimorar a inclusão e a acessibilidade, ao mesmo tempo em que introduz uma perspectiva pedagógica inovadora. O Ministério da Educação, através do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), está aprimorando o formato do exame em resposta a uma demanda originada pelos próprios participantes.

Em eventos e reuniões técnicas promovidos pelo Inep, com o propósito de debater a acessibilidade, pessoas com baixa visão expressaram a importância de incluir elementos coloridos nas provas.

Fernanda Cristina dos Santos Campos, coordenadora-geral de Exames e Instrumentos do Instituto, explicou: “A introdução de cores nas provas pode aprimorar a compreensão e a leitura para pessoas com deficiência visual ou baixa visão em diversos aspectos. Em primeiro lugar, o uso de cores distintas pode tornar informações críticas mais facilmente distinguíveis. Além disso, o contraste entre as cores pode facilitar a identificação do texto em relação ao fundo, aprimorando a legibilidade. Quando combinadas com o tamanho da fonte, as cores, como um recurso de acessibilidade, asseguram que as informações sejam verdadeiramente acessíveis a todos.”

O Inep conta com a Comissão de Assessoramento Técnico-Pedagógico em Adaptação para o aprimoramento dos exames e avaliações realizados pelo Instituto, com foco especial na acessibilidade. No que se refere ao daltonismo, as provas terão adaptações para indivíduos com essa condição de distúrbio visual que afeta a percepção das cores.

Pedagogicamente, os itens não exigirão que os daltônicos identifiquem cores específicas. Em outras palavras, a probabilidade de acerto ou erro não terá relação com o fato de as provas serem coloridas. Conforme destacou Fernanda Campos: “A prova pode ser uma ajuda significativa, pois oferece uma maneira alternativa de distinguir informações por meio de tons e contrastes. Para os daltônicos, algumas cores podem ser difíceis de diferenciar, mas ao utilizar uma variedade de cores e tonalidades, torna-se mais fácil para eles identificar elementos visuais com base na diferença de luminosidade e saturação.”

Essas mudanças representam um passo importante em direção à inclusão e à acessibilidade no Enem, proporcionando uma experiência mais igualitária para todos os candidatos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *