Petista que destilou ódio continua no cargo

Em um post publicado, secretária do PT afirmou que Israel "não merece ser um Estado", classificando-o como “assassino" – Reprodução/Internet
Em um post publicado, secretária do PT afirmou que Israel "não merece ser um Estado", classificando-o como “assassino" – Reprodução/Internet

Um comentário feito nas redes sociais pela Secretária Nacional de Finanças e Planejamento do Partido dos Trabalhadores (PT) e conselheira de Itaipu, Gleide Andrade de Oliveira, tem causado polêmica. Em um post publicado, ela afirmou que Israel “não merece ser um Estado”, classificando-o como “assassino” e uma “vergonha para a humanidade”.

Após a grande repercussão, a ativista e militante do Partido dos Trabalhadores desde 1986 apagou o comentário, assim como algumas de suas outras postagens relacionadas ao assunto. As publicações sobre Israel foram feitas por Gleide entre os dias 8 e 22 de outubro. Nas redes, muitas pessoas têm exigido que ela seja exonerada do cargo.

No entanto, até o momento, ela permanece no quadro do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores e ganhando seus R$37 mil em Itaipu. Vale lembrar que o presidente da EBC, Hélio Doyle, foi demitido do cargo em 18/10 por manifestações a respeito da guerra. Ele chamou os defensores do estado de Israel de “idiotas”.

A deputada Clarissa Tércio é uma das que estão fazendo pressão para que Gleide também seja punida. A parlamentar até mesmo pediu aos seus seguidores que deixassem mensagens para Gleide nos comentários de uma postagem que a deputada publicou há três dias. Essa publicação já acumulou 315 comentários.

Gleide Andrade é graduada em filosofia pela PUC-MG e coordenou a campanha nacional pela Reforma Política promovida pelo partido. Ela ocupou cargos na administração democrática popular da Prefeitura de Belo Horizonte e foi secretária nacional de Organização do PT.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Federação Israelita do Estado de São Paulo, entidades de representação da comunidade judaica brasileira, repudiaram as publicações da tesoureira do PT. A Federação afirmou: “Não é aceitável que, no Brasil, pessoas ainda usem o preconceito, ignorância e antissemitismo para ganhar visibilidade nas redes sociais, sem se importar com a gravidade do conflito que ocorre há mais de 15 dias.” Respondendo a Gleide Andrade, a entidade afirmou que “os assassinos são os terroristas do Hamas”.

Já a Conib classificou as manifestações da servidora como “antissemitas” e declarou: “Foi um discurso antissemita, algo que não deve ser tolerado no Brasil, especialmente vindo de alguém em uma posição oficial tão alta.” As notas completas dessas duas entidades podem ser lidas ao final deste texto.

Gleide Andrade publicou um pedido público de desculpas em suas redes sociais, nesta terça-feira (24). Ela negou ser antissemita e afirmou que as opiniões que expressou são pessoais. Ela escreveu: “Venho me desculpar com a comunidade israelita, que merece respeito e solidariedade diante do ataque inaceitável ocorrido no último dia 7”.

Além disso, Gleide Andrade esclareceu que suas opiniões não refletem a posição oficial do Partido dos Trabalhadores e do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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