Sala reservada para mulher avança rumo à lei

Meta do programa "Juntos pela Segurança" é questionada pela deputada Gleide Ângelo, após aumento nos índices de homicídios - Reprodução
Meta do programa "Juntos pela Segurança" é questionada pela deputada Gleide Ângelo, após aumento nos índices de homicídios - Reprodução

Mulheres vítimas de violência devem receber atendimento em sala reservada nas delegacias em todo o estado, conforme previsto no Projeto de Lei 766/2023, de coautoria dos parlamentares Gleide Ângelo e Joaquim Lira. Essa proposta foi aprovada na Comissão dos Direitos da Mulher e agora seguirá para análise na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, agendada para o primeiro dia de novembro, depois irá a plenário para votação.

Gleide Ângelo, autora do projeto, justifica que a falta de recursos impede a implantação de Delegacias da Mulher em todos os municípios de Pernambuco, razão pela qual ela sugere a criação dessas salas de atendimento. Ela ressalta que o foco está no oferecimento de atendimento especializado, algo que as vítimas realmente necessitam. “Isso vai ajudar, porque o que a mulher quer não é a placa ‘delegacia da mulher’, e sim o atendimento especializado”.

Importante destacar que o texto original da proposta passou por modificações na Comissão de Administração Pública, com a deputada Socorro Pimentel atuando como relatora.

A questão da violência de gênero em Pernambuco é um problema persistente, apesar de uma redução nos números no ano anterior. Neste primeiro semestre, já foram registrados preocupantes 25 mil casos de violência contra mulheres no estado. Apenas em junho, 548 mulheres denunciaram incidentes de violência. O município do Cabo se destaca negativamente, com 2.649 denúncias feitas no primeiro semestre, sendo notável que 75% dos casos envolvem mulheres negras e pardas. Estes dados evidenciam a urgência de medidas eficazes para combater a violência de gênero em Pernambuco.

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